sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tecab 30 anos - nada a comemorar


Por Sindipetro-RJ

O terminal de Cabiúnas (TECAB), um dos mais importantes da Transpetro, parte do Sistema Petrobrás, comemora 30 anos. Grande parte do petróleo e a totalidade do gás da bacia de Campos, cerca de 80% da produção nacional escoa através desse  terminal.

Além de sua importância estratégica para o setor petróleo brasileiro, Cabiúnas sempre foi foco de grandes mobilizações da categoria petroleira. O terminal, que fez parte da base sindical do Sindipetro-RJ de 1990 a 1996, quando houve a divisão e se transformou em base do Sindipetro-NF é, sem dúvida nenhuma, um dos grandes responsáveis pelas conquistas da categoria nas mobilizações.


Os trabalhadores desse terminal sempre se destacaram na dedicação à companhia e nas mobilizações da categoria e pagaram caro por isso: advertências, suspensões, demissões como a do diretor Otto Melro Pecego do Sindipetro-RJ e agora da cipista, técnica em química do Tecab, Ana Paula Aramuni. Vale lembrar que o companheiro Otto foi reintegrado à companhia.

Os trabalhadores de Cabiúnas nunca se deixaram dobrar diante dos ditadores de plantão. E já estão respondendo a esse ataque covarde contra uma trabalhadora cipista, mãe de quatro filhos, cuja principal motivação da demissão por justa causa foi o fato de a trabalhadora, enquanto cipista, denunciar o descaso da companhia com trabalhadores terceirizados e a justa denúncia dos fura-greves nas nossas mobilizações.

E o pior, demitiram a companheira no dia da sua inscrição no Conselho de Administração da Transpetro. Foram além, suspenderam o trabalho da Comissão que organiza a eleição do C.A., muito provavelmente para mudar o calendário eleitoral, inclusive mudando a data de inscrição dos candidatos o que, em tese, deixaria Ana Paula de fora. Isso é muita baixaria!

Sexta feira, 11/5, na festa de comemoração dos 30 anos do Tecab no Centro de Convenções em Macaé, os trabalhadores não têm nada a comemorar. O que deveria ser uma festa orgulhosa foi transformado num velório pelos carrascos de Ana Paula.

Entre os presentes na festa estará o RH da Transpetro, Sr Negrão, principal responsável pela demissão de Ana Paula. Negrão é ex sindicalista e lamentavelmente, trouxe o que há de pior no movimento sindical para o RH.
Esperamos que o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que também deve estar presente na cerimônia reveja essa violência contra a trabalhadora. O Sindipetro-NF se comprometeu a cobrar, na Justiça, a reintegração de Ana Paula, assim como garantir a sua inscrição na eleição do C.A.

Outras ações tramitam na Justiça em defesa da trabalhadora e esperamos da direção do NF uma atuação mais contundente em defesa da companheira. O Sindipetro-RJ, que já havia feito a denúncia à Organização Internacional do Trabalho – OIT, em Genebra, na Suíça, agora vai informar aquele órgão que a Petrobrás, não satisfeita com as punições impostas à companheira, resolveu demitir a trabalhadora por justa causa.
Assim fica difícil os petroleiros acreditarem que essa corriola de gerentes trabalhe para que a Petrobrás seja reconhecida como uma empresa responsável socialmente!

Um comentário:

  1. Em Março de 1991, eu mais outros 10 colegas fomos demitidos POR FAZER GREVE!!! O histórico de perseguição em Cabiúnas é antigo...

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