domingo, 6 de maio de 2012

Sindipetro RJ participa da campanha pela reintegração

EDITORIAL


TRANSPETRO DEMITE ANA PAULA

A Transpetro S.A, do sistema Petrobrás, acaba de demitir  a  funcionária  do  Terminal de Cabiúnas, Ana Paula Arumani, ex-vice-presidente da CIPA e conhecida ativista do movimento sindical no Norte Fluminense, onde vem, no último período, apresentando uma série de denúncias em relação a problemas de saúde e segurança no trabalho.

O fato  mais  relevante – e  inadmissível! – consiste em que  Ana Paula foi demitida, sumariamente,  imediatamente após protocolar sua inscrição para concorrer à eleição ao conselho da empresa, enquanto representante dos trabalhadores, bem como  esta   demissão ocorre  em meio  à  realização de inquérito civil  público no MPT de Macaé, no qual consta como principal denunciante e depoente, com vistoria na empresa  designada para a próxima semana.

Acrescenta-se a isto as circunstâncias de que Ana Paula sofre ameaça de morte, cujo crime (de ameaça) está sendo apurado na Delegacia Policial  do município, bem como  é  objeto de  denúncia que tramita na comissão de direitos humanos da ALERJ, tendo sido apresentado relato sobre o caso em audiência pública desta comissão, sobre casos de violência na Região dos Lagos, realizada no último mês de março, em Cabo Frio.

Todos estes fatos demonstram, sem dúvidas, que  seu afastamento da empresa se trata de típico e odioso ato antissindical, como antissindical vem sendo o comportamento da empresa, de longa data, em relação à Ana Paula, sendo que, no último dia  05 de abril, o caso  foi  encaminhado diretamente à OIT, através de denúncia entregue por advogado do Sindipetro-RJ, que esteve em visita àquele organismo internacional, tendo se reunido com a Diretora-Adjunta do Departamento de Normas Internacionais, Dra. Karen Curtis, a quem foi  relatado o caso de perseguição sofrido por Ana Paula.

Urge que esta dispensa seja imediatamente revertida, revogada, a fim de preservar não somente o emprego de Ana Paula, como também sua candidatura ao conselho da empresa, cuja inscrição apresentou, sendo injustificável que sejam perpetrados tais atos de perseguição na Transpetro, como em todo o Sistema Petrobrás, os quais contrariam os mais elementares preceitos legais e constitucionais, em afronta ao direito democrático de atuação sindical na empresa.

As denúncias feitas por Ana Paula devem ser apuradas e seu retorno ao trabalho assegurado imediatamente, sendo que o Sindipetro-RJ estará  encaminhando as medidas que estiverem ao seu alcance, no sentido de  garantir o seu retorno ao trabalho.
Rio, 04 de maio de 2012.
Sindipetro-RJ

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